Alma...
Doce senhora de mim,
da minha alegria, da lágrima,
do meu rosto manso, do fardo maldito.
Não se surpreenda se eu não mais chorar,
não sorrir,
não falar estas palavras repetidas.
Não sou mais amante dela e meu corpo
repousa no quarto falido.
Já não há tato,
apenas um grito no ritmo da orquestra
que toca no rádio, um pedido de socorro,
uma dor passageira, convulsões abstratas.
Serei eu mesma o mágico do meu disfarce,
para que ninguém perceba a
minha vontade de ir antes da morte.
A minha alma quer abrir a porta e
cultuar algum momento,
agradar a melancolia,
balançar no colorido que esconde a escuridão,
Balancê da alma faminta!
O que queres de mim se já tomou o meu corpo?
Se tens tudo que eu tinha...
O que sou agora?
Fugitiva de mim mesma,
um eu sem mim,
uma grande dor,
uma grande dor...
Balacê da Alma Faminta
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