Acróstico Sulla Mino

 

Sulcos, ideias mortas...

Não sou poeta das melhores palavras

ou de um nome de sucesso,

apenas tenho insônia,

como qualquer insano deste tempo,

tenho argumentos, minhas palavras...

Não sou viajante e de eras modernas,

nem conheci tempos rústicos,

muito menos dialoguei com estranhos.

 

 

Um disfarce irônico meu, é vestir uma bata negra...

Sou participante desta cretina pátria e

como migalhas quando deixam cair,

não me sento na mesa dos intelectuais,

sou apenas uma amiga distante.

 

 

Lavo a alma todo dia pela manhã,

sou discreta e intrusa, à noite choro,

igual criança com medo do bicho papão,

tenho fome, tenho sede.

 

 

Laço colorido envolve meu pescoço,

não sei se sou daqui e se um dia voltarei,

a morte me sonda faz tempo, por isto

troco a máscara todos os dias,

perambulo feito zumbi e falo como um

político novato.

 

 

Assim, fui jogada no tempo maduro,

sou criança, apenas uma criança.

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